terça-feira, 14 de maio de 2013

Investigadores conseguem extrair energia elétrica de plantas

Investigadores da Universidade de Georgia (UGA) desenvolveram um modo de extrair eletricidade das plantas, segundo um estudo publicado no Journal Energy and Environmental Science. A pesquisa revela que as folhas funcionam como eficientes placas solares durante a fotossíntese.
Os investigadores explicam que, durante a fotossíntese, as plantas usam a luz solar para dividir átomos de água em hidrogénio e oxigénio. É nesta fase que produzem eletrões, que, ao serem recém-liberados, produzem açúcares que servem de alimento para as próprias plantas.
"Desenvolvemos uma forma de interromper a fotossíntese, para que possamos capturar os eletrões antes que a planta os use", explicou o autor da pesquisa Ramaraja Ramasamy, professor da UGA College of Engeneering e membro do Núcleo de Nanociência.
Em geral, as placas solares tradicionais têm entre 12 e 17 por cento de eficiência quântica e a maioria das plantas consegue aproveitar 100 por cento. Ou seja, para cada fotão de luz solar que uma planta capta, produz um número igual de eletrão, partículas dos átomos que geram energia.
O estudo utiliza nanotubos de carbono, 50 mil vezes mais finos que um fio de cabelo humano, para separar estruturas na célula vegetal, chamada de tilacoide, responsáveis por captar e armazenar a energia da luz solar. Essa estrutura é imobilizada para interromper o fluxo de eletrões e aí os nanotubos atuam como condutores elétricos.
As experiências realizadas até hoje já alcançaram níveis de corrente elétrica duas vezes maiores do que em sistemas semelhantes. Porém, Ramasamy informou que ainda há muito trabalho a fazer até que esta tecnologia alcance as pessoas comuns e que precisam ser feitos muitos testes para a estabilidade de seu dispositivo.
 
in: http://www.energiasrenovaveis.com/DetalheNoticias.asp?ID_conteudo=729&ID_area=23
 
Sofia Morgado, 19862

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