segunda-feira, 29 de abril de 2013

UE proibirá três pesticidas mortais para as abelhas durante dois anos


Três insecticidas mortais para as abelhas estarão proibidos na União Europeia (UE) durante dois anos a partir de Julho, anunciou esta segunda-feira a Comissão Europeia após uma votação que demonstrou as fortes pressões da indústria e dos «lobbies» agrícolas.

Quinze países, entre eles França e Alemanha, votaram a favor da proposta de proibição apresentada pela Comissão Europeia. Oito países, entre eles o Reino Unido, Itália e Hungria, votaram contra, e quatro, entre eles a Irlanda, abstiveram-se.
Concretamente, a Comissão Europeia suspenderá durante dois anos a utilização de três neonicotinoides - clotianidina, imidacloprid e tiametoxam - presentes em pesticidas fabricados para quatro tipos de cultivos: milho, couve-nabiça, girassol e algodão.
«As abelhas são vitais para o nosso ecossistema e é preciso protegê-las, sobretudo porque fornecem uma contributo anual de 22 mil milhões de euros à agricultura europeia», declarou o comissário europeu encarregado, Tonio Borg.
Para apresentar a sua proposta, a Comissão Europeia baseou-se num relatório negativo da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).
Os grandes produtores agrícolas e as multinacionais químicas e agro-alimentares tentaram bloquear esta decisão. Copa-Cogeca, a união dos grandes sindicatos agrícolas europeus, pediu para adiar esta proibição para 2014 e insistiu nas grandes perdas financeiras e sociais que causará, de 2,8 mil milhões de euros, e o perigo de que 50.000 empregos sejam destruídos.
Já as principais empresas que fabricam estes pesticidas, a alemã Bayer e a suíça Syngenta - principalmente sob a marca Cruiser OSR - multiplicaram as pressões para bloquear ou pelo menos limitar as consequências desta proibição.
Patrícia Domingos, 19800

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