segunda-feira, 8 de abril de 2013

Resíduos: AEA pede a Portugal esforço para atingir metas europeias

O relatório dedicado à gestão dos resíduos sólidos urbanos é da Agência Europeia do Ambiente, que faz um apanhado da gestão dos RSU em 32 países da Europa. Publicado em Março, o documento sublinha que Portugal gerou cerca de 5,5 milhões de toneladas de RSU em 2010, sendo que o destino final continua a ser maioritariamente a deposição em aterro. De 2001 a 2010, e apesar da tendência ser decrescente, Portugal enviou anualmente mais de 60 por cento dos resíduos para aterro. Essa tendência verifica-se, segundo a AEA, devido ao aumento da taxa de reciclagem para 19 por cento (a AEA considera também os resíduos biodegradáveis). Portugal figura assim na lista dos 11 países com taxas mais distantes da meta europeia que consta na Directiva Quadro dos Resíduos. O organismo sublinha que o País terá de fazer um esforço adicional para atingir a meta de 50 por cento em 2020, que consta na meta de reciclagem da DQR.
Relativamente à taxa que os produtores de resíduos têm de pagar para os depositar em aterro, a AEA considera que o facto de os valores serem baixos (quatro euros por toneladas, em 2011), não tem ajudado a incentivar a valorização económica dos resíduos em Portugal e a consequente quebra acentuada na deposição dos resíduos em aterro.
Ainda assim, e apesar de sublinhar o atraso na previsão do Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos, o documento nota que o tratamento mecânico e biológico poderá significar grandes melhorias para a gestão dos RSU em território nacional.
A revisão do PERSU II é, de resto, uma das matérias que irá ser discutida no 7º Fórum Nacional de Resíduos, que começa esta quarta-feira, em Lisboa.

in: http://www.ambienteonline.pt/

                                                                                                                        Sofia Morgado, 19862

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