quarta-feira, 3 de abril de 2013

Portugal: Milhares de peixes lançados em vários rios para combater extinção das espécies

 
 
"A associação ambientalista Quercus e outras entidades vão lançar nas próximas semanas milhares de peixes em diversos rios portugueses para combater a extinção das espécies.
Paulo Lucas, da Quercus, explicou à agência Lusa que as espécies escolhidas «estão criticamente em perigo de extinção», devido não só à poluição existente nos rios, como também à seca associada às alterações climáticas.
Na quarta-feira, as duas entidades vão lançar o ruivado do Oeste pela primeira vez na bacia do Sizandro e pela segunda vez no Alcabrichel (ambos no distrito de Lisboa), rios onde a poluição tem vindo a pôr em perigo de extinção aquela espécie.
Nos dias 01 e 02, as duas entidades vão avançar com uma ação idêntica na bacia do rio Mira (Alentejo), onde vão ser lançadas centenas de bogas do sudoeste e de escalos do Mira. Nos dias 08 e 09, é a vez do escalo do Arade na bacia do rio Arade, em Silves (Algarve).
No caso dos rios alentejanos, a seca extrema é o principal fator a contribuir para a sua extinção.
 Os peixes têm vindo a ser reproduzidos na Estação Aquícola de Campelo (Figueiró dos Vinhos) do Centro de Biociências do Instituto de Psicologia Aplicada (ISPA).
Os projetos envolvem a Quercus, o ISPA e a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa.
Trata-se de espécies que existem há cinco milhões de euros naqueles rios, estando hoje em dia confinadas às ribeiras daquelas regiões, o que explica também estarem em perigo de extinção e entre as cinco espécies portuguesas de peixes mais ameaçadas.
O projeto prevê ainda em cada zona ações de recuperação dos habitats e de limpeza e consolidação das margens dos rios, para criar condições para as espécies sobreviverem e reproduzirem-se, ao permitir uma melhor circulação e uma maior oxigenação da água.
As descargas de águas residuais poluentes, que contaminam os cursos de água, a seca, a proliferação de espécies animais e vegetais invasoras e as más práticas de intervenção nos habitats ribeirinhos contribuem para aumentar os riscos de extinção das espécies."

 Link: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=3128975&page=-1


César Marques, 20398

Sem comentários:

Enviar um comentário