segunda-feira, 29 de abril de 2013

Expedição procura «continente de lixo plástico» no Pacífico


Um ano depois de uma tentativa fracassada, uma expedição partirá em Maio rumo ao «sétimo continente», um gigantesco aterro flutuante que acumula todo tipo de dejectos plásticos, que é maior em extensão do que a Índia, mas ainda profundamente desconhecido.


No comando da expedição «7º Continente» está o explorador Patrick Deixonne, de 48 anos, que descobriu o fenómeno em 2009 quando participava de uma competição de remo.
«Via todos estes restos de plásticos que flutuavam ao meu redor. Fiquei surpreso e disse a mim mesmo: 'Para onde vai tudo isto?», explicou o explorador, durante viagem a Paris para preparar a expedição.
Quando voltou à terra firme, o ex-bombeiro da Guiana procurou informações e encontrou a resposta. Estes dejectos confluem no ponto de encontro de correntes marinhas, enroscam-se sob o efeito de rotação da Terra e acabam por formar uma imensa massa giratória.
No total, milhões de toneladas procedentes da costa e dos rios flutuam nas cinco principais massas de objectos descartados formadas em todos os oceanos, cuja força centrípeta aspira-os para o centro.
O problema para os cientistas é que esta «sopa» é essencialmente composta por partículas de plástico decomposto que mantêm-se sob a superfície da água, às vezes a 30 centímetros de profundidade. Esta acumulação de plástico dificilmente é detectada por satélites e só é visível a partir de barcos.
Segundo o Centro Nacional de Estudos Espaciais francês (CNES), agência que patrocina a missão «7º Continente», a massa do Pacífico Norte, entre a Califórnia e o Havaí, é uma das maiores do planeta, com uma superfície de 3,4 milhões de quilómetros quadrados.
Mas a placa de sujidade «encontra-se em águas pouco transitadas pela navegação mercantil e turística, razão pela qual o problema só interessa a ecologistas e cientistas», lamentou Deixonne.
Patrícia Domingos, 19800

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