A Estratégia para a Eficiência Energética (PNAEE) 2016 foi, segundo o Governo, adaptada à realidade nacional, com uma readequação do objectivos, através de uma redução dos incentivos financeiros. A estimativa de poupança induzida pelo PNAEE até 2016 é de 1501 tep, correspondente a uma redução do consumo energético de 8,2 por cento, perto da media europeia de nove por cento. .Relativamente a fontes de financiamento, o plano vai ser executado através de medidas regulatórias, como a imposição de penalidades sobre equipamentos ineficientes, obrigatoriedade de etiquetagem energética e mecanismos de diferenciação fiscal, como o Fundo de Eficiência Energética e o Fundo de Apoio à Inovação.
Os benefícios económicos resultantes das economias de energia e redução das emissões associadas têm um impacto para o País em 410 milhões de euros, e, em 2020, um impacto de quase 855 milhões de euros.
Numa análise que resume as poupanças totais alcançadas pelo PNAEE entre 2008 e 2010, pode constatar-se que, no conjunto das cinco áreas de actuação do plano (transportes; residencial e serviços, indústria, Estado e comportamentos) já foi alcançada uma execução da meta de 49 por cento, relativamente a 2016. A meta que ficou mais longe do cumprimento terá sido a eficiência energética no Estado, cujas medidas permitiram apenas uma execução de nove por cento relativamente à meta de 106.380 tep em 2016.
Na estratégia revista , o objectivo para 2020 prevê que um total de 2225 edifícios do Estado seja sujeito a certificação, sendo que 500 edifícios do Estado serão objectos de contrato no âmbito do Eco.AP. A intervenção das empresas de serviços energéticos deverá potenciar uma economia de 30 por cento dos consumos de energia. Serão as esse que ficarão responsáveis por assegurar essa certificação.
A área de residencial e serviços trata-se, segundo o documento, de uma área muito sensível para o sucesso da implementação do PNAEE, já que representou, em 2011, cerca de 28 por cento do consumo de energia final em Portugal. Para além dos equipamentos abrangidos actualmente pela rotulagem energética, estão previstas medidas de desincentivo à aquisição de equipamentos ineficientes. O isolamento e a iluminação são outros dos pontos centrais. No solar térmico residencial, o objectivo é ter 800 mil m2 de colectores instalados e operacionais até 2016.
O Governo decidiu criar mais uma área de actuação: a agricultura, que representa cerca de três por cento do consumo final de energia em Portugal. O objectivo das medidas é o de contribuir para a redução dos consumos energéticos, através da modernização de equipamentos, sistemas de gestão e auditorias energéticas seleccionadas.
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