quarta-feira, 17 de abril de 2013

PE rejeita suspensão do leilão de 900 milhões de licenças de CO2

O Parlamento Europeu rejeitou esta terça-feira a proposta da Comissão para adiar leilões de licenças de CO2. A maioria dos eurodeputados considerou que esta medida poderia minar a confiança no regime de comércio de licenças de emissão da UE (RCLE-UE) e repercutir-se nas faturas energéticas. O Parlamento aprovou uma outra proposta que visa suspender temporariamente a aplicação do RCLE-UE a voos intercontinentais.
A proposta para adiar os leilões de licenças de CO2, também conhecida por "backloading", foi rejeitada por uma escassa maioria de 334 votos a favor, 315 contra e 63 abstenções. O documento será agora reenviado para a Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu.

Os eurodeputados argumentam que o aumento do preço do carbono poderia ser prejudicial para a competitividade da indústria europeia e repercutir-se nas facturas energéticas das famílias. Para além disso, consideram que esta medida poderia minar a confiança no RCLE-UE e defendem uma reforma mais abrangente deste sistema.

Os que apoiam dizem que é necessário corrigir os actuais desequilíbrios e que o aumento do preço do carbono poderia ajudar a transição da UE para uma economia mais amiga do ambiente, ao estimular os investimentos e a inovação. Um preço mais elevado poderia também facilitar a conexão do mercado de carbono da UE com os de outras regiões. Três eurodeputados portugueses do PSD foram os únicos a votar contra. Os restantes votaram a favor ou abstiveram-se.
 
 
Sofia Morgado, 19862

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