A
Quercus pediu, este domingo, uma regulamentação europeia forte para evitar a
emissão de gases utilizados em equipamentos de ar condicionado, que em Portugal
aumentaram quase 20 vezes em 15 anos.
Em comunicado, a associação ambientalista explica que está em
discussão na União Europeia, no Parlamento Europeu e no Conselho Europeu uma
proposta de revisão da legislação sobre gases fluorados, ou hidrofluorcarbonos,
que "têm tido um contributo crescente, na Europa, para as emissões de gases
com efeito de estufa, causadores do aquecimento global".
O processo
baseou-se numa proposta da Comissão Europeia que as organizações não-governamentais
de ambiente consideraram "abaixo do possível e necessário" e prosseguiu
com o projecto de relatório apresentado pelo eurodeputado holandês Verde Bas
Eickhout.
Este
relatório, que "ultrapassa a falha na proposta da Comissão", sugere
banir a colocação no mercado de equipamentos baseados em hidrofluorcarbonos,
que a Quercus define como "super gases de efeito estufa com um potencial
de aquecimento global centenas ou milhares de vezes maior àquele do dióxido de
carbono".
Para os
ambientalistas, existem no mercado alternativas "seguras, custo-eficazes e
eficientes em termos energéticos", por isso defendem a proibição de novos
equipamentos baseados em hidrofluorcarbonos nos sectores principais, como
refrigeração, ar condicionado e espumas.
"Os
produtores e importadores serão obrigados a pagar uma taxa de alocação para as
licenças de emissão daqueles gases que necessitarem, em consonância com o
princípio do poluidor pagador", refere a Quercus.
(a imagem é
do jornal destak, mas as notícias são similares)
Tomás Arantes e Oliveira Marques Maia
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